Refletindo sobre a profissão do programador

Hoje em dia a conversa sobre programação está em alta. Além de nos depararmos com muitas vagas disponíveis para atuar nessa área, vemos também o crescente número de cursos, gratuitos ou não, sendo desenvolvidos para formar novos programadores.

Estamos em uma onda crescente de oportunidades para quem pretende entrar nessa área. Porém, o que eu gostaria de refletir brevemente nesse artigo é sobre alguns detalhes do dia a dia do programador que muitas vezes não são abordados em cursos por aí, e as pessoas que estão iniciando seus estudos nessa área ainda não sabem o que enfrentarão quando estiverem trabalhando com isso.

Além de “digitar códigos”, o que realmente fazemos e muitas vezes somos vistos apenas com essa atividade diária, enfrentamos alguns desafios que aparecem, principalmente quando nos deparamos com erros que não estão diretamente relacionados ao nosso trabalho, mas a algo que pode estar além do nosso escopo de atuação.

Quer um exemplo mais próximo? Em algumas versões mais antigas de smartphones da marca Samsung ocorriam alguns erros estranhos, onde o sistema parecia “congelado”, sem resposta. Isso ocorria por alguma incompatibilidade entre o sistema (no caso Android, do Google) e o aparelho (o sistema eletrônico montado pela Samsung).

Muitos erros assim ocorrem em programas por algum problema de comunicação entre diferentes sistemas, pois há variação de versões, arquivos, bibliotecas, e nós, programadores, precisamos ter a capacidade de prever algumas falhas mais comuns que podem ocorrer em decorrência dessas diferenças de sistemas envolvidos. Porém existem erros que não temos como prever, e são esses que nos fazem passar horas em busca de uma solução.

A parte mais trabalhosa dessa área não é vista com muita frequência pelas pessoas que nos enxergam apenas como “digitador de códigos”. Passamos momentos complicados, desafiadores, que nos forçam a pensar em soluções que estão além de dar instruções simples para o computador executar. E isso também faz parte da profissão de programador, afinal, se existe alguma coisa que não funciona no sistema que desenvolvemos, a falha irá ser exibida aos usuários daquele sistema, e mesmo que não tenhamos culpa pelas questões de incompatibilidade, devemos procurar as soluções possíveis para atender nossos clientes.

Esse é meu primeiro artigo e pretendo escrever muitas reflexões sobre a profissão de programador. Atuo como tal a 12 anos (desde 30/setembro/2009), e gosto muito do que faço, embora já tenha ganhado alguns fios de cabelo branco por conta disso, afinal, eu não sou apenas um “digitador de códigos”…

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *