Para quem você trabalha?

Gostaria de propor nesse texto uma reflexão com relação ao nosso trabalho do dia a dia. Estamos enfrentando situações, resolvendo questões, desenvolvendo produtos e serviços, vendendo-os aos clientes… enfim, executando a tarefa que nos foi proposta, seja por uma autoridade, seja por conta própria no caso de quem trabalha como autônomo. De uma forma ou de outra acredito que a pergunta acima fará sentido para qualquer profissional, seja qual for a área de atuação.

Baseado nisso, vamos analisar rapidamente aqui algumas respostas possíveis para a pergunta acima “Para quem você trabalha?”

“Eu trabalho para a empresa que me contratou, que assinou a minha carteira de trabalho, e que paga o meu salário”. Seu salário vem da empresa que te aceitou como funcionário, e você pode ter essa perspectiva, de estar desempenhando as suas funções baseadas no que a empresa espera de você no dia a dia, esperando que o valor financeiro acordado caia na sua conta.

“Quem vê o meu trabalho e o avalia são meus superiores, então os resultados da minha produtividade estarão diante deles”. Você é responsável por mostrar seu trabalho a quem você responde diretamente na hierarquia da empresa, aos seus encarregados e líderes. Logo, você precisa desempenhar bem o seu papel para ser bem avaliado por eles, e você tem essa visão de estar trabalhando para eles.

“Quem atua junto comigo e dá continuidade nas minhas tarefas são meus colegas, ou seja, o que eu faço impacta no desempenho deles também, pois somos uma equipe”. É importante saber que não trabalhamos sozinhos, que mais pessoas atuam conosco, em conjunto, ou posteriormente, dando continuidade no que você fez até que o resultado chegue até o cliente. Com essa visão, percebemos que a forma de realizarmos o trabalho a nós confiado poderá ter um bom ou mau resultado, beneficiando ou prejudicando toda a nossa equipe. Portanto, você trabalha para o seu time.

“Mas quem vende o resultado do meu trabalho é a equipe de vendas/marketing/comercial. Se meu trabalho estiver bem feito, eles conseguirão realizar mais vendas, e fidelizar mais os clientes ao nosso produto ou serviço”. Agora estamos em vias de sair das “paredes” da empresa, e acreditamos que, com um bom trabalho, nosso produto e/ou serviço irá ser convertido em mais vendas e fidelização dos clientes. Portando, estou trabalhando para a equipe que irá apresentar o produto e/ou serviço para os clientes.

“Porém, quem irá usar o produto/serviço resultante do meu trabalho será a empresa que comprou o seu uso/acesso, ou seja, estou trabalhando para o cliente da minha empresa”. Realmente, é o cliente que vai utilizar o produto/serviço que a empresa desenvolve. No fim das contas, é dele que virá o dinheiro para a empresa, e que te paga o salário. Mas não vamos parar por aqui, pois a pergunta “para quem você trabalha?” ainda não foi completamente respondida, concorda? Então vamos à resposta:

No fim das contas, quem realmente irá usar o produto ou serviço que você desenvolve são pessoas. Você trabalha para pessoas, independente de empresas, sejam elas pequenas, médias ou grandes, organizações, conglomerados, governos, etc. São as pessoas que estarão em contato com o fruto do seu trabalho. Portanto, trabalhe pensando nisso: quem irá se beneficiar do que você faz são pessoas, e o trabalho delas depende do empenho que você aplicou no seu produto ou serviço. Se você desempenhar bem o seu papel como profissional, as pessoas que estarão em contato com o produto do seu trabalho, direta ou indiretamente, poderão se beneficiar de seus ótimos resultados.

Ao trabalhar, seja em uma empresa ou não, lembre-se que o seu foco são pessoas, o que você faz deve servir para pessoas. E para finalizar, um exemplo: imagine um mecânico que, por algum descuido, não encaixou muito bem as pastilhas de freio de um carro que irá ser usado por uma família que irá viajar para um lugar longe. Consegue perceber o risco de vida que toda a família está correndo pelo mau desempenho de um profissional que não fez bem o seu trabalho?

Concorda? Discorda? Tem algo a criticar ou acrescentar? Fique à vontade para me escrever. Estou nas redes sociais abaixo, ou no e-mail contato@rodrigotognin.com.br

3 comentários

  1. Meu grande amigo Rodrigo, parabéns pelo excelente artigo, fico feliz em ver esse lado profissional/humano em que você toca. Tenho uma linha de pensamento que vai paralelo a esse assunto abordado, uma vez que o profissional tem sim que estar sempre desempenhando seu trabalho como se fosse pra si, independente se for um produto ou serviço, muitos se apegam aquele ditado “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”, e não concordo muito com isso, e reitero, como um produto/serviço pode ser bom se o profissional que o fez não teria confiança em usar.
    Assistindo a uma série do History (Gigantes do Brasil), no capitulo que conta a história de Giuseppe Martinelli, numa determinada parte o governo de São Paulo embarga a obra de seu edifício por não considerar um projeto seguro, ele por sua vez para garantir que a segurança da construção estava dentro dos parâmetros ele ficou por duas semanas debaixo de uma estrutura feita com as mesmas vigas que estavam sendo instaladas no seu edifício e com peso, por m², acima do que estava no projeto. Por fim, ele fez o mais alto na época edifício da américa latina com qualidade e como se fosse para si mesmo.
    “Faça o certo mesmo que ninguém esteja vendo”, gosto muito dessa frase, que ouvi do Cortela, pois ela diz muito sobre caráter profissional, uma vez que quem a segue está sempre com a consciência limpa e leve.
    Muitos profissionais, as vezes deixam de desempenhar bem seu trabalho por insatisfação com a empresa, com seu lider ou com alguma situação do dia a dia e se esquecem que disso que você abordou em seu artigo, “seu trabalho vai, de uma forma ou de outra, impactar na vida de alguém”.
    Vou encerrar por aqui, pois esse assunto pode render uma conversa de algumas horas, mas é importante sim colocar assuntos como este em pauta para discussões, pois observando alguns profissionais nas empresas e nas ruas as vezes chocante a forma como levam o seu profissionalismo.

    Mais uma vez, parabéns pelo artigo.

    Abraço.

    1. Grande Fabrício, muito obrigado pela atenção!
      Realmente, quando trabalhamos pensando que aquele produto/serviço pode ser usado por nós, procuramos colocar um empenho maior, inclusive nos detalhes que passariam despercebidos. Seu comentário acrescentou muito para mim, e acredito que posteriormente escreverei mais sobre isso, conforme os insights forem surgindo.
      Mais uma vez obrigado, e um grande abraço!

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