Música e programação – parte 2

Na primeira parte desse artigo eu estava comentando um pouco sobre a área musical, o quanto é importante o estudo da teoria para que seja refletido na prática. Aqui irei trazer algumas ideias sobre a programação relacionando-a com a música, seu estudo e prática.

Assim como na música, o estudo da teoria na área da tecnologia é muito importante. Fará diferença na resolução de problemas mais complexos, mas não somente isso, pois mesmo em desafios menores teremos uma visão bem mais ampla de como ultrapassá-los, utilizando melhor o conhecimento adquirido.

Assim como é possível aprender algumas notas básicas no violão ou teclado e já sair tocando algumas músicas, é totalmente possível, na programação, aprender o básico de uma tecnologia e sair resolvendo alguns problemas mais simples. Por exemplo, com um básico de HTML, CSS e JavaScript, um tanto de criatividade, paciência e perseverança, já poderemos construir páginas estáticas na internet, a fim de, por exemplo, promover um comércio local, algum produto ou serviço.

À medida que vamos avançando nos estudos, iremos descobrindo novas tecnologias e agregando mais valor aos sistemas que desenvolvemos. Na música, da mesma forma, quanto mais estudo, melhor poderemos apresentar uma música adicionando arranjos e improvisos. A criatividade nos fará tocar canções mais elaboradas, assim como nos ajudará a resolver problemas em sistemas onde as soluções óbvias não serão suficientes.

Sobre criatividade, tanto na área musical quanto na programação, podemos perceber que, quanto mais expostos a problemas diferentes, mais ela é alimentada e aguçada. Quando falamos do estilo musical jazz, alguns não gostam dele, mas há de ser notado o fato de que os músicos não são iniciantes ou amadores, e se chegaram nesse nível foi por terem estudado muito. Na programação podemos ver soluções serem implementadas que, da mesma forma, as pessoas não copiaram alguns códigos de um fórum qualquer por aí e colaram em outro lugar e “pronto! Funcionou!”. Há muita lógica envolvida, formas de ver e avaliar os problemas, usar as ferramentas disponíveis e até criar novas para serem utilizadas, afinal, “criatividade” tem a ver com “criar”.

Programação é uma profissão de prática. Ao aprender uma linguagem de programação, começamos a perceber os padrões que ela segue, os comandos e funções que ela utiliza, padrões de abertura e fechamento de blocos, espaçamento entre as instruções, formas de declarar variáveis, formas de estruturar as classes, e assim por diante.

Esses padrões podem até ser bem parecidos entre uma linguagem e outra, porém mesmo assim o nosso desempenho aumenta quando nos acostumamos com uma escrita padrão, nos ajudando a ter um desempenho maior ao escrever os códigos.

Existem várias formas de se tocar uma mesma música, variações de acordes, do andamento, da melodia, dos arranjos, e até da letra. Essas variações podem ser mais simples ou mais complexas, adicionando ou até retirando instrumentos ao tocá-la. Temos essa comparação com a programação percebendo que existem várias formas de resolver um mesmo problema. Podemos usar várias tecnologias diferentes, ou dentro de uma mesma tecnologia usar formas diferentes para a resolução dos problemas. Existem formas mais simples ou mais complexas de se transpor obstáculos, e a teoria nos ajudará a, com o tempo, ir encontrando a melhor ou mais adequada forma de resolvê-los.

Concluindo: a música é facinante por ter uma porta de entrada fácil para aqueles que estão começando com os primeiros acordes, mas depois que estão dentro, a quantidade de possibilidades para se aprimorar é quase infinita, assim como na programação, em que é possível resolver pequenos problemas de início, mas depois a profundidade nesse mar de possibilidades irá revelar que o conhecimento não se resume apenas a alguns comandos simples…

Você tem alguma dúvida? Sugestão? Crítica?
Fique à vontade para me escrever ou deixar um comentário abaixo. Muito obrigado!

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